- Basta de guerra, o mundo é muito grande, e não há tolice maior do que ficarmos a comer os filhotes uma da outra.
- Eu também não quero outra coisa- respondeu dona Águia.
- Neste caso combinamos isto: nunca mais você, dona Águia, comerá os meus filhotes.
- Muito bem dona Coruja, mas como vou saber quem são os seus filhotes?
- Isso é coisa fácil. Sempre que você encontrar uns filhotes bem feitinhos de corpo, alegres, rechonchudos, cheios de uma graça especial, que não existe em filhote de nenhuma outra ave, já sabe são os meus.
- Está feito, concluiu dona Águia, bem satisfeita.
Dias depois, andando à caça, dona Águia encontrou um ninho com três monstrinhos que piavam de bico aberto.- Que bichos horríveis, nunca vi algo tão feio. Vê-se logo que não são os filhos da dona Coruja.
Ao regressar à toca, dona Coruja viu o desastre e foi ajustar contas com a dona Águia.
- O quê? Aqueles monstrinhos eram seus filhotes! Pois não se pareciam em nada com o retrato que você me pintou. - Disse admirada a dona Águia.
Moral da história: Para retrato de filho, ninguém acredite em pai pintor.
Já diz o ditado: Quem ama o feio bonito lhe parece.
(Autor desconhecido)
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